quarta-feira, 4 de julho de 2007

Para a Catarina d’Orey, ao ouvido

Tenho a tua fotografia no meu desktop. Ainda não te tinha dito, pois não? É aquela tirada no campo da Caixa Escolar. Não se podem ver os teus patins, azuis e amarelos, os mais famosos do Sul da China, que percorreram a Horta e Costa, a rua do Campo, a Praia Grande e os corredores do Liceu (sempre com a D. Cristina atrás). Tens vestidas as tuas jardineiras. Por baixo das jardineiras tens uma camisola de lã azul clara. Eu também estou de jardineiras e patins azuis e amarelos. Como tu. Mas nesta foto estás só. Com a tua juba no ar, por estares em movimento. O teu sorriso. O sorriso que em segundos se transformava em gargalhada. O brilhozinho do olho. O teu pescoço de girafa. Tens os braços bem abertos. Abraças o mundo. Abraças-me quando me sento em frente ao computador (e nem te digo quantas vezes faço isso, podias não entender).

Esta continua a ser a minha melhor foto, sabias? Não está desfocada e eu estava a patinar para trás. Não vês? Foi no dia em que me ensinaste a patinar de costas e eu gostava tanto de fotografar enquanto patinava (as fotos desfocadas eram logo desculpadas).


1 comentário:

rodrigo disse...

Também foi ela que me ensinou a patinar, a sorrir e a amar.
Que sorte tive eu de a ter como irmã, confidente e amiga.
A sua memória jamais será perdida, enquanto for lembrada com tanto carinho e amor, por todos aqueles privilegiados que a conheceram.
Bjs enorme.